miércoles, 30 de abril de 2014

abril 30, 2014
De Brazil Classics, Vol. 2: O Samba, álbum lanzado en 2005. La recopilación es de David Byrne.

Se omite la inencontrable "Aldeia de Okarimbé", de Neguinho da Beija Flor, y se incluye en cambio su "Obrigado, Jesus", para dar gracias por haber superado un cáncer.






A Deusa Dos Orixás

Clara Nunes

Yansã, cadê Ogum? Foi pro mar

Mas Yansã, cadê Ogum? Foi pro mar
(3X)

Yansã penteia os seus cabelos macios

Quando a luz da lua cheia clareia as águas do rio

Ogum sonhava com a filha de Nanã

E pensava que as estrelas eram os olhos de Yansã

Mas Yansã, cadê Ogum? Foi pro mar

Mas Yansã, cadê Ogum? Foi pro mar

Yansã, cadê Ogum? Foi pro mar

Yansã, cadê Ogum? Foi pro mar

Na terra dos orixás, o amor se dividia

Entre um deus que era de paz

E outro deus que combatia

Como a luta só termina quando existe um vencedor

Yansã virou rainha da coroa de Xangô

Mas Yansã, cadê Ogum? Foi pro mar

Yansã, cadê Ogum? Foi pro mar

mas Yansã, cadê Ogum? Foi pro mar

Yansã, cadê Ogum? Foi pro mar

Yansã, cadê Ogum? Foi pro mar

mas Yansã, cadê Ogum? Foi pro mar.


Ijexá (Filhos De Gandhy)


Clara Nunes

Filhos de Gandhi, badauê

Ylê ayiê, malê debalê,otum obá

Tem um mistério

Que bate no coração

Força de uma canção

Que tem o dom de encantar

Seu brilho parece

Um sol derramado

Um céu prateado

Um mar de estrelas

Revela a leveza

De um povo sofrido

De rara beleza

Que vive cantando

Profunda grandeza

A sua riqueza

Vem lá do passado

De lá do congado

Eu tenho certeza

Filhas de Gandhi

Ê povo grande

Ojuladê, katendê, babá obá

Netos de Gandhi

Povo de Zambi

Traz pra você

Um novo som: Ijexá





SPC

Zeca Pagodinho

Precisei de roupa nova
Mas sem prova de salário
Combinamos, eu pagava
Você fez o crediário
Nosso caso foi prá cova
E a roupa pro armário
Nosso caso foi prá cova
E a roupa pro armário...

E depois você quis
Manchar meu nome
Dentro do meu metiêr
Mexeu com a moral
De um homem
Vou me vingar de você
Porque!
Eu vou sujar!
Seu nome no SPC
Tu vai vê!
Eu vou sujar!
Seu nome no SPC...

Quis me fazer de otário
Mas o crediário
Já está prá vencer
Sei que eu não sou
Salafrário
Mas o numerário
Você não vai ver
Porque!
Eu vou sujar!
Seu nome no SPC
Eu vou sujar!
Seu nome no SPC...

Precisei de roupa nova
Mas sem prova de salário
Combinamos, eu pagava
Você fez o crediário
Nosso caso foi prá cova
E a roupa pro armário
Nosso caso foi prá cova
E a roupa pro armário...

E depois você quis
Manchar meu nome
Dentro do meu metiêr
Mexeu com a moral
De um homem
Vou me vingar de você
Porque!
Eu vou sujar!
Seu nome no seu SPC
Eu vou sujar!
Seu nome no SPC...

Tens um emprego de elite
Eu tenho um palpite
Que tu vais perder
É necessário estar quite
O patrão não permite
Que fique a dever
Porque!
Eu vou sujar!
Seu nome no SPC
Eu vou sujar!
Seu nome no SPC...

Precisei de roupa nova
Mas sem prova de salário
Combinamos, eu pagava
Você fez o crediário
Nosso caso foi prá cova
E a roupa pro armário
Nosso caso foi prá cova
E a roupa pro armário...

E depois você quis
Manchar meu nome
Dentro do meu metiêr
Mexeu com a moral
De um homem
Vou me vingar de você
Porque!
Eu vou sujar!
Seu nome no SPC
Eu vou sujar!
Seu nome no SPC...

Com o aumento dos juros
Você em apuro
Prá mim vai correr
Prá me vingar dos teus furos
Juro que tô duro
E não pago o carnê
Porque!
Eu vou sujar!
Seu nome no SPC
Eu vou sujar!
Seu nome no SPC...

Olha, eu já disse a você
Que vou sujar!
Seu nome no SPC
Tu vai vê!
Eu vou sujar!
Seu nome no SPC
(Eu vou sujar!)
Eu vou sujar!
Seu nome no SPC
(Eu vou sujar!)
Eu vou sujar!
Seu nome no SPC...

Comprei camisa de sêda
De cetim e de lamê
Eu vou sujar!
Seu nome no SPC
Já disse a você
Eu vou sujar!
Seu nome no SPC...


Sufoco


Alcione

Não sei se vou aturar
Esses seus abusos
Não sei se vou suportar
Os seus absurdos
Você vai embora
Por aí afora
Distribuindo sonhos
Os carinhos
Que você me prometeu...
Você me desama
E depois reclama
Quando os seus desejos
Já bem cansados
Desagradam os meus...

Não posso mais alimentar
A esse amor tão louco
Que sufoco!
Eu sei que eu tenho
Mil razões
Até para deixar
De lhe amar
Não, mas eu não quero
Agir assim, meu louco amor
Eu tenho mil razões
Para lhe perdoar
Por amar...

Não posso mais alimentar
A esse amor tão louco
Que sufoco!
Eu sei que tenho
Mil razões
Até para deixar
De lhe amar
Não, mas eu não quero
Agir assim, meu louco amor
Eu tenho mil razões
Para lhe perdoar...


Formosa



Formosa

Não faz assim

Carinho não é ruim

Mulher que nega

Não sabe não

Tem um coisa de menos no seu coração


A gente nasce, a gente cresce

A gente quer amar

Mulher que nega

Nega o que não é para negar

A gente pega, a gente entrega

A gente quer morrer

Ninguém tem nada de bom sem sofrer

Formosa mulher



Olerê Camará


Alcione

Abre a roda malungo

Abre a roda malungo

Abre a roda malungo

Olerê Camará ...

Olerê Camará


Quando eu jogo capoeira

Na ladeira do Piá

Se a saudade é zombedeira

Dou um nó no berimbá

Se a tristeza é pulideira

Tá pensando em pelejar

Do meu arco de madeira

Quero ver quem vai zombar


Abre a roda malungo

Abre a roda malungo

Abre a roda malungo

Olerê Camará ...

Olerê Camará


Foi pastinha na ribeira

Que ensinou olerêá

Não há nó de lembranceira

Que consiga me laçar

Se me vêm uma tristeira

Ponho a fé em Oxalá

Levo o pau na focinheira

Deixo a dor de amor pra lá


Abre a roda malungo

Abre a roda malungo

Abre a roda malungo

Olerê Camará ...

Olerê Camará




O Encanto Do Gantois


Beth Carvalo
O axé do afoxé

Vem lá de Menininha ô

De Menininha ô, de Menininha

No seu batucajé, no toque do agogô

Eu vou, eu vou, eu vou, eu vou, eu vou

O axé do afoxé...

Em todo lugar há um canto

Mas nem todo canto é lugar

Por isso é que eu canto tanto

O encanto do teu Gantois

Contemplo o teu templo, a Bahia

De todos os santos que há

Pra sempre serás Menininha

Oh! Minha mãe vem me ninar

Vem minha mãe Menininha

Vem minha mãe me ninar

Y cantada por Gal Costa y Maria Bethânia como "Oração da Mãe Menininha"

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Obrigado, Jesus


De Neguinho da Beija-Flor

Obrigado, Jesus

por mais um dia de alegria

Obrigado, Jesus

por mais um dia de vitória

Obrigado, Jesus

por conceder sabedoria

Em mudar a minha história

Obrigado, meu Jesus

Obrigado, meu Jesus

por me ajudar o mal vencer

Obrigado, meu Jesus

por meu direito de viver

Obrigado, Jesus

por todo bem que o Senhor faz

De me dar saúde e paz

Obrigado, Jesus

por mais um dia de alegria...


Se você não quiser mais vacilar

Se você não quiser mais vacilar

Se você não quer desilusão

Se você não quer desperdiçar

O meu amor que tem no coração


Jesus é o caminho, não tem segredo

Não tenha medo de se entregar

A fé move montanhas, pode acreditar

Por mais difícil a situação

Pode virar esse jogo e vencer

Irmão, bota a fé com Jesus

e terá o poder


É preciso muito amor


Chico da Silva

É preciso muito amor para suportar essa mulher

Tudo que ela vê numa vitrine ela quer

Tudo que ela quer tenho que dá sem reclamar

Porque senão ela chora e diz que vai embora

Ô diz que vai embora

Porque senão ela chora e diz que vai embora

Ô diz que vai embora

Pra satisfazer essa mulher eu faço das tripas
coração

Pra ela sempre digo sim, pra ela nunca digo não

Porque senão ela chora e diz que vai embora

Ô diz que vai embora

Porque senão ela chora e diz que vai embora

Ô diz que vai embora


Caxambu


Almir Guineto

Olha vamos na dança do Caxambu
Saravá, jongo, saravá
Engoma, meu filho que eu quero ver
Você rodar até o amanhecer
Engoma, meu filho que eu quero ver
Você rodar até o amanhecer

O tambor tá batendo é pra valer
É na palma da mão que eu quero ver
O tambor tá batendo é pra valer
E na palma da mão que eu quero ver

Dona Celestina me da água pra beber
Se você não me der água
vou falar mau de você

Deu meia noite o galo já cantou
Na igreja bate o sino
é na dança do jogo que eu vou

Deu meia noite o galo já cantou
Na igreja bate o sino
é na dança do jogo que eu vou

Olha vamos na dança do Caxambu
Saravá, jongo, saravá
Engoma, meu filho que eu quero ver
Você rodar até o amanhecer
Engoma, meu filho que eu quero ver
Você rodar até o amanhecer

O tambor tá batendo é pra valer
É na palma da mão que eu quero ver
O tambor tá batendo é pra valer
E na palma da mão que eu quero ver

Carreiro novo que não sabe carrear
O carro tomba e o boi fica no lugar
Carreiro novo que não sabe carrear
O carro tomba e o boi fica no lugar

Olha vamos na dança do Caxambu
Saravá, jongo, saravá
Engoma, meu filho que eu quero ver
Você rodar até o amanhecer
Engoma, meu filho que eu quero ver
Você rodar até o amanhecer

O tambom tá batendo é pra valer
É na palma da mão que eu quero ver
O tambor tá batendo é pra valer
E na palma da mão que eu quero ver

Quem nunca viu vem ver
caldeirão sem fundo ferver
Quem nunca viu vem ver
caldeirão sem fundo ferver

Olha vamos na dança do Caxambu
Saravá, jongo, saravá
Engoma, meu filho que eu quero ver
Você rodar até o amanhecer
Engoma, meu filho que eu quero ver
Você rodar até o amanhecer

O tambom tá batendo é pra valer
É na palma da mão que eu quero ver
O tambor tá batendo é pra valer
E na palma da mão que eu quero ver

Dona Celestina me da água pra beber
Se você não me der água
vou falar mau de você

Deu meia noite o galo já cantou
Na igreja bate o sino
é na dança do jogo que eu vou

Deu meia noite o galo já cantou
Na igreja bate o sino é na dança
do jogo que eu vou

Olha vamos na dança do Caxambu
Saravá, jongo, saravá
Engoma, meu filho que eu quero ver
Você rodar até o amanhecer
Engoma, meu filho que eu quero ver
Você rodar até o amanhecer

O tambom tá batendo é pra valer
É na palma da mão que eu quero ver
O tambor tá batendo é pra valer
E na palma da mão que eu quero ver

Carreiro novo que não sabe carrear
O carro tomba e o boi fica no lugar
Carreiro novo que não sabe carrear
O carro tomba e o boi fica no lugar

Olha vamos na dança do Caxambu
Saravá, jongo, saravá
Engoma, meu filho que eu quero ver
Você rodar até o amanhecer
Engoma, meu filho que eu quero ver
Você rodar até o amanhecer

O tambom tá batendo é pra valer
É na palma da mão que eu quero ver
O tambor tá batendo é pra valer
E na palma da mão que eu quero ver



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Quem Me Guia


Almir Guineto

Quem me guia, quem te guia

Alumia a razão de todos nós

O Zé, deixa estar no candeeiro

Que o terreiro está

Iluminado pela Lua

Pela Lua Zé, pela Lua

Pela Lua, Seu José, pela Lua

A estrela que borda no céu

É que nos guia

A alumia a razão de todos nós

Me da o meu chapéu de palha

Meu borná, meu samburá

Que eu quero caminhar

Nessa longa estrada

Prateada, Zé, perfumada

Prateada, Seu José, perfumada

O cheiro de alecrim

Me deixou apaixonado

Dos pirilampos sou eterno enamorado

Enamorado, enamorado

Dos pirilampos sou eterno enamorado

Quem me guia...

O cantar da passarada

Ela guia

A escuridão da madrugada

Alumia

Lá no campo a vaquejada

Ela guia

E toda relva verdejada

Alumia

E o cantar da criançada

Ela guia e alumia

E alumia a razão de todos nós

Quem me guia.



Ela não gosta de mim


Agepê

Ela não gosta de mim
Ela não gosta de mim
Ela não gosta de mim, porque
Ela não gosta de mim

O meu samba de terreiro
Não tocou ao seu ouvido
Coração de partideiro
Sempre foi incompreendido
E porque o seu enfeite
Não combina com cetim
Ela vai para o banquete
E eu fico em pé no botequim

Ela não gosta de mim
Ela não gosta de mim
Ela não gosta de mim, porque
Ela não gosta de mim

Seu amor foi conjugado
Pela voz da hipocrisia
É um poema enfeitado
Mas que não tem poesia
É um beija-flor que pousa
Beija a flor e faz assim
Tira o açúcar da rosa
E vai dançar noutro jardim

Ela não gosta de mim
Ela não gosta de mim
Ela não gosta de mim, porque
Ela não gosta de mim



Batuca No Chão


Martinho da Vila

Batuca no chão sem pena

Batuca no chão sem dó

Batuca no chão morena

Que o chão é o povo que vira pó

Ai morena, o chão é o povo que vira pó

Podem me deixar sem luz

Mas sem samba não senhor

É o samba que traduz

Meu prazer e minha dor

Mesmo assim você condena

Minha raça bronzeada

Todo o mal da cor

Oh! morena

É gostar da batucada